Saturday, February 10, 2007

give some love II

Dificuldades técnicas impedem a presença do vídeo aqui. Assim sendo, fica o link.
http://www.youtube.com/watch?v=kaXCu9q2k1w

Não me consta que tenha leitores em Moura ou arredores.
A maior dificuldade da Associação S.O.S. Animais de Moura reside na ausência de voluntários. Há alguns dias atrás, um dos corações grandes que ajuda estes animais dizia-me que ir lá é deprimente. Recordei-me de uma personagem que preciso rever o mais breve possível, apesar do sofrimento que traz. Billy(?) Kwan, do filme, The Year of Living Dangerously, desempenhada pela magnífica Linda Hunt. Uma frase sua persegue-me. What then to do. Escrevia ele isto num frenesim que martelava as teclas da sua máquina de escrever. Talvez alguns se sintam ofendidos pela comparação. Não a lamento. Nunca o farei. Sou um animal, tal como eles. Não valho mais do que eles. É isso que penso. É isso que sinto. É isso que digo e escrevo, e não me desculparei por tal.
Dizia Ghandi que a evolução de um povo se vê através da forma como ela trata os seus animais. A afirmação pode ser perigosa, se pensarmos nos nazis e seus sorrisos e alegria junto dos seus cães e cavalos.
Digo eu que Ghandi sabia muito bem do que falava, e que o problema não está na sua afirmação.
Voltando atrás, compreendo o que a alma amiga quis dizer ao afirmar que era deprimente lá ir. Creio, no entanto, que para quem tem algum tempo disponível ( e ele faz-se, também, consoante o nosso coração), pode ser uma benção. Pode ser triste ver animais que ali foram deixados, por vezes em tão mau estado. Mas que fazer então? Voltar as costas? Sentarmo-nos no sofá e ver mais um capítulo? Claro, podemos fazê-lo. A maior mentira circulando por aí é que nada podemos fazer. Podemos sempre fazer algo. Sempre. O que estiver ao nosso alcance. Isto vale, obviamente, para tudo. E não pedirei desculpas a quem me diz que é triste que me preocupe mais com cães do que com pessoas, porque quem isso diz 1. não me conhece; 2. não se conhece.

Se se encontra na referida zona e gosta de animais, visite a Associação, e decida se pode ajudar. Se os voluntários fossem suficientes, não haveria sobrecarga para ninguém.

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