Tuesday, January 25, 2005

Perdão

Senti como uma bofetada o enviar-te para onde menos desejarias ir, sem outras hipóteses de te ajudar ou de te manter junto de mim. Vi-te partir para junto de quem tanto contribuiu para essa derrocada implacável que te arrancou do solo. Espero que me perdoes um dia.

Num instante

Em que momento caiu esse véu sobre ti, em que momento puseste o primeiro pé, sem timidez de quem avança em terreno incerto, num umbral escuro, labiríntico, em que se misturam os tempos e se perdem fios condutores de enzimas, circuitos mentais cintilantes que não são medidos com tomografias. Avançaste e revoltei-me, gritei, agarrei-te com força violenta que não costumas ver em mim, tentei puxar-te, na ignorância súbita causada por um amor profundo que nos acompanha desde que voltaste ao corpo, nesta vida. Não te pude reter, e seguiste numa barca pelos meandros mais escuros, vendo o que eu adivinhava mas não me atrevia a nomear, por ter imaginado e esperado que coisas assim podiam acontecer aos outros mas não a ti. Não a ti.

Thursday, January 20, 2005

Soon to come... errr

...e viva a improdutividade.
Vai custar. Mas mais logo tenho que te escrever. Me escrever. Mais logo.