Thursday, September 14, 2006

sempre dois lados da mesma viagem



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Milton Nascimento - Encontros e Despedidas

Ia escrever que este espaço sobrevive às golfadas, ou colocar um espanador como ilustração. Dizem que grande parte do pó das casas é constituído pelas células mortas da pele dos seus habitantes; pairam no ar, até se depositarem sobre as superfícies. Mas as casas desabitadas, e mesmo cerradas ao jeito de fortes cobertos por véus de persiana ultra resistente apresentam na mesma o tal do pó. Pergunto-me agora qual o sentido do que escrevo. Rigorosamente nenhum que queira explorar. Não é preciso querer, mal termino de digitar a última letra da frase anterior, e sei de onde vem a questão do pó. Vejo muito desmoronar-se ao meu redor. Sei que não faço parte das ruínas, apesar de ficar coberta do pó que as demolições provocam. Mas tudo é construção e reconstrução, escreve ela, quase quase apiedando-se do patético e enfadonho da afirmação basicazinha. Há a canção e o laranja do sol quando ele se deita. Posso espreitá-lo assim. E isso é belo. E isso é muito.

3 comments:

Anonymous said...

Ciao, sono di passaggio :-)

Anonymous said...

é muito sim
:-**

Anonymous said...

ma questa, in effetti, è la vita. Costruiamo e distruggiamo, siamo ricostruiti e demoliti continuamente.
Viaggiamo tra le rovine, con pensieri leggeri come polvere