Wednesday, May 31, 2006



Quem diria que o regresso a um autor dos meus 12, 13 anos, seria assim. Nessa idade os mais procurados nas estantes eram obviamente os que pareciam mais picantes. Os livros falam, acreditem. E assim, A Romana, de Alberto Moravia, sussurrava, tentando-me. Ora eu sempre fui bem fraca de resistência. Nesse tempo, aquela escrita desiludiu-me, mas já não recordo o porquê. Tantos anos depois (e escrevo-o sem a pieguice dos que se lamentam contínua e suspirosamente sobre o tempo que corre, ele não me pesa), Moravia volta a visitar-me, sem convite, através de uma prenda de amor passado. Ainda amuada com Moravia e não com o amor, fui compelida a deixá-lo na estante durante um par de anos. Mas, por fim, A Atenção bramou isso mesmo, atenção, e assim mergulhei em estórias dentro de estórias que têm tanto de comuns como de perturbantes. E como redenções são acolhidas por esta escriba, A Romana será revisitada com atenção.

2 comments:

Carolina said...

Pois aqui está um Senhor de quem nunca li nada.
Vou ter que pensar no assunto...

Inês Leitão said...

tenho uma coisa séria para te contar