Lírica amorosa vs. lírica religiosa
Chamava-se, parece, Arjumand Banu Begam, mas o marido, sabendo bem da arbitrariedade do signo linguístico, preferia chamá-la Mumtaz Mahal, a luz do palácio, ou a eleita do palácio. Uma ode em mármore a essa mulher, um poema de pedra paradoxalmente viva, que muda de tonalidade conforme a luz que a banha. Ouvimos sempre que o seu lírico autor teria sido o imperador Shah Jahan, o tal apaixonado.
Vêm-nos agora dizer que o palácio é muito anterior a Shah Jahan, de origem hindu, e não mulçumana, construído talvez em 1155 A.C. por um tal Raja Paramardi, como um templo Vedic, que Shah Jahan o terá adquirido e posteriormente escolhido como túmulo para a sua esposa favorita.
A quem de direito, obrigada por esta visão.
Aos contadores de histórias e estórias, gratos pelo sonho.
1 comment:
não quero saber da verdadeira versão, prefiro de longe aquela que me diz mais...tudo para dizer que entre estórias e histórias fico-me grata pela primeira.
bj grande soraia
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