Wednesday, April 22, 2009

onírica idiota

(lagranepoca.com)

Após uma madrugada desesperadamente em busca de uma avenca que a namorada do meu irmão tinha de ter, e de ver míseros vasinhos com amostras da dita planta (sendo que eu ia adicionando à interessantíssima conversa que a minha mãe, um primor com flores, desgraçadamente nunca tinha tido sorte com avencas, e que é uma pena, uma vez que também as adoro), entremeada com a escolha de um suporte para vasos em macramé (sendo que a minha cunhada também queria muito um feito por mim, em criança...), a última madrugada de sonhos foi passada tentando consertar um despertador que não se calava. Eu mexia-lhe, outros tentavam a sua sorte, mexíamos nos interruptores, abríamos o despertador. E nada. Ele continuava berrando.
Geralmente tenho perfeita noção de que estou a sonhar, mas desta vez estava empenhadíssima em calar o despertador, sem me ter ocorrido que este efectivamente era o presente no meu quarto, aos prantos.

2 comments:

Soberano Kanyanga said...
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Soberano Kanyanga said...

Lembro-me de um despertador à corda que meu avô tinha na fazenda. É pena as minhas vivências com o avô terem sido na primeira infância e o meu "saco" do passado carregar muito pouca informação.

Mas escreverei, um dia, sobre o toque de chamada ao velho Dambi empenhado em trabalhos campestres ou consulta de ädivinhação".Primeiro tocava o despertador ( a que chamávamos de relógio de mesa) depois alguéem tinha que pregar um garnde berro, à distância com o código secreto: Avô, o tabaco à beira do lume quase que queima!E lá vinha ele, meio satisfeito por poder matar o bicho, meio aborrecido por não ter terminado a empreitada. E todos, netos e filhos, sentávamo-nos à mesa para o repasto.