Tuesday, December 27, 2005
Friday, December 23, 2005
Dizia Amílcar Cabral...
não há nada mais triste que uma pessoa que pensa que sabe tudo
escrevinhado por kanuthya no momento 8:32 PM 1 escrevinharam
Tuesday, December 20, 2005
Saturday, December 17, 2005
escrevinhado por kanuthya no momento 12:11 PM 3 escrevinharam
Thursday, December 15, 2005
Tuesday, December 13, 2005
Monday, December 12, 2005
frustrações botânicas
Será o hábito de cultivar plantas em casa uma reminiscência dos tempos em que o homem vivia sem um abrigo construído por suas mãos? Muitos recheiam os seus habitáculos de betão de tons verdes, pinceladas de vida respirando entre as coisas ditas sem vida.
Algumas mais manhosas conspiram. Uma favorita é a avenca, adoro-as, mas provavelmente por questão hereditária, não duram. A minha mãe é uma maga da botânica, adora plantas, elas retribuem-lhe, mas as avencas sempre lhe morreram.
Há pouco mais de um mês ofereceram-me uma orquídea, essa flor donde, em tempos remotos, a fêmea da espécie humana parece ter ter tirado o seu modelo de genitália. Enquanto a mirava num misto de admiração e lamentos antecipados, a pobre devia sorver do ar o receio da vítima caída nos braços do algoz. As flores já foram, descansem em paz.
escrevinhado por kanuthya no momento 3:15 PM 2 escrevinharam
Friday, December 09, 2005
Monday, December 05, 2005
Tombe la neige
O poster na parede era exactamente este. A aragem fria insinuando-se pela saia acima fazia sempre sorrir, num toque sádico matinal. Um dia antes de regressar, ao abrir as portadas de manhã, a montanha tinha o aspecto de ter sido pulverizada pelas cinzas de um espirro de vulcão. Momentos mais tarde o sol lá se dignou a espreitar e devolveu o pouco verde às encostas, derretendo a escassa neve fantasiada de cinza.
Nessa tarde, na roda viva do consumismo andorrano, entre baforadas saídas das bocas, volumes de tabaco empilhados e alardes luminosos dos fabulosos preus despidos de imposto, tive a visita da minha personagem querida, a quem não fiz justiça na escrita. O seu nome surgiu-me em letras luminosas, anunciando não sei que produtos numa loja. Não fui verificar, não importava. era ela, insunuando-se e lembrando-me de que merece mais. Aproveitei o momento em que o polícia sinaleiro se girava para o outro lado, ordenando que o trânsito fluísse, e pisquei-lhe o olho, prometendo-lhe escrever melhor a estória que me murmurou em sonhos.
escrevinhado por kanuthya no momento 3:25 PM 4 escrevinharam