Thursday, June 16, 2005

Mediocritas

Há uma voz maldosa que desassossega o escriba, quando este se debruça no caderno e indaga que faltará ali, porque lhe soa a tão pouco, a medíocre. A voz insinua-se mais fortemente até se transmutar em pontadas, é mau, é mau porque deixa de fora ou somente aflora o amor, esse é o tema que deve reinar, apoderar-se sempre de qualquer escrito. O escriba sacode a voz, há coisas que ainda doem demasiado para passarem para papel, ainda que num paradoxo precisem de o ser para doerem talvez menos.

4 comments:

Carolina said...

Inquietações de escriba!!!...
E que escriba não é inquieto??
Eu acho até que os "quietos" não poderão ser escribas!
O que escreveria um escriba"quieto"????

a das artes said...

Escrever implica vontade. O que implica, então, ter tudo cá dentro, a crescer, a inchar, a esforçar-se por sair, e a vontade desistir?
Não há resposta porque a vontade não a quer.

Anonymous said...

...a arte de transformar a dor em algo belo; consegui-lo é ser escriba do amor!
adoro-te*
soraia

Carolina said...

O melhor mesmo é não ter dooorr!!!